Fogo, paixão e lágrimas – Essências de um avivamento!

O indomável fogo que não pode cessar de queimar (Levíticos 6.13)

Por longos anos da minha vida acompanhei um ministério que se chamava Fogo, paixão e lágrimas, cujo líder era um irreverente profeta e amigo do Noivo chamado Gregório McNutt que, dispensa comentários sobre seus feitos, orações e lágrimas derramadas pelo Brasil.

Há um tempo atrás dediquei-me a pesquisar sobre o fogo de Deus, mediante as promessas que haviam na bíblia sobre essa “alegoria” do fogo e seu significado, e quando pus-me a debruçar para pregar este sermão, o título da palavra foi o mesmo nome que o ministério levava, o que ratifica que os profetas realmente vivem a anos luz daqueles que vivem um evangelho limitado, posso entender que os ouvidos proféticos estão inteiramente a disposição do noivo, pois o que tem a noiva é o noivo.

Falarei em sequência dos três itens fogo, paixão e lágrimas, mas nesta fase será de predominância o fogo de Deus.

Parábola das 10 virgens – Mateus 25. 1 a 13

Breve explanação:

Fogo - Encontro e refinamento (Moisés - Êxodo 4) é onde trocamos de filiação Tira as sandálias dos teus pés, Moisés, mesmo preferiu ser chamado filho de Deus a ser filho da filha de faraó. Encontros genuínos com Deus geram Paixão que despertam uma capacidade intercessória, paixão gera compaixão e compaixão gera lágrimas que são simbologia de arrependimento!

Reflexão: Jogos Olímpicos – Assim como no texto de levíticos 6.13 a simbologia dos fogos olímpicos se assemelha a essa questão de não deixar o fogo se apagar, muito embora dos jogos não remetam a algo cristão, o ato de deixar a chama acessa é uma ilustração para representar aquilo que Deus deseja a sua igreja, por isso temos que entender que o fogo do Senhor transpassa todas fases de nossas vidas e ciclos, a ponto de isso ser muito sério, embora a maioria entenda que é legal brincar com fogo, o fogo de Deus pode ser algo de muita benfeitoria, mas fogo (ainda mais o fogo de Deus) é algo que não pode brincar!

Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo.E, se alguém sobre este fundamento formar um edifício de ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, A obra de cada um se manifestará; na verdade o dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta; e o fogo provará qual seja a obra de cada um. Se a obra que alguém edificou nessa parte permanecer, esse receberá galardão. (1 Coríntios 3:11-14)

A bíblia é clara ao declarar que o Senhor provará nossas obras pelo fogo, ou seja, nos ciclos, nos momentos de transição de nossas vidas aquilo que construímos sobre o fundamento que é Cristo será provado, será experimentado e essa será a hora de verificar a essência daquilo que construímos, é neste ponto que Temos entender que Deus usa o fogo para refinar nossas vidas, mas também para provar aquilo que é verdadeiro.

Sacrifício e sacerdócio.

O fogo no antigo testamento existia por causa dos sacrifícios, era a forma contínua de Deus se comunicar com o povo dizendo, “o fogo está aceso, seus pecados podem ser perdoados!” (Levítico 6.13), no novo testamento Jesus nos diz a mesma coisa quando nos comissiona a levar “dia após dia a nossa cruz” (Mateus 10.38) informando que nós somos agentes capazes de informar o perdão e o amor de Deus, anteriormente como pessoas que esperavam o sacrifício, hoje como pessoas que levam a mensagem, pois somos reis e sacerdotes (1 Pedro 2.9).

O Fogo está em todas as fases de nossas vidas!

Assim como tabernáculo em que as representações do fogo estavam em todas as esferas, assim também em nossas vidas, e muito embora o modelo do tabernáculo não seja exercido fisicamente em nossos dias e nas nossas igrejas, espiritualmente ainda existe suas simbologias e representações.

1 – Átrio ou pátio (Êxodo 27. 1 ao 8) – Altar de sacrifício – fogo contínuo (levíticos 6). O sacerdote deveria fazer a manutenção desse fogo, a capacidade de manter a chama acesa em nossas vidas é nossa, nós, além de trazer a oferta, somos chamados a retirar as cinzas e também colocar a lenha. Aqui  a presença do fogo é bem visível, é importante ressaltar que também havia uma bacia de bronze para que o sacerdote se lavasse.

Este é o ponto inicial da nossa vida Cristão os sacrifícios retrata o processo de conversão, a água simbolizando o batismo do início da caminhada, pontos que remetem ao plano de salvação.

2 – Santo Lugar – Haviam mais elementos: uma mesa, um candelabro e o incensário. (Êxodo 25). A mesa fala de provisão com Deus de algo diário, revela maior comunhão, o candelabro fala de Cristo como centro, retrata um Deus presente, sendo o centro da humanidade, haja vista que o número seis representa o homem e o sétimo a perfeição, Cristo que decide estar no meio do seu povo, e isso é a maior revelação, por isso, era necessário que o sacerdote mantivesse o candelabro sempre acesso. Vou retomar mais sobre este ponto adiante, pois vamos trabalhar com ele de forma mais enfática.

3 – Santíssimo Lugar – Havia a arca e o propiciatório que era em cima da arca (Êxodo 25. 1 ao 16). No santíssimo lugar também é lugar de sacrifício, aqui é ambiente de glória e doação completa, aqui é onde o Senhor prova com muita pureza aqueles que acessam, e ai daquele que acessar de maneira indigna! Aqui nós podemos entender que Deus é a chama (Hebreus 12.29) e o sacrifício é a nossa vida, assim como Jesus foi, somente assim, a permanência além do véu é possível.

Santo Lugar

Aqui significa uma fase da vida Cristão mais madura, uma fase onde temos responsabilidades em relação ao reino, pois somente nessa fase no santo lugar estamos aptos manter outra chama acesa, a do candelabro, o povo também tinha acesso ao altar do átrio, mas não tinha responsabilidade de manter a chama acesa, quando assumimos responsabilidades no Reino, precisamos de constância, não só no pedido de perdão por nossos pecados, mas em ajudar pessoas com suas dificuldades.

O que alimenta a chama.

A chama mantendo Cristo Como centro no tabernáculo é o desafio, pois a matéria prima muda de um local para o outro, no primeiro, a lenha era suficiente, tem abundância, mas aqui o que sustenta a chama é o óleo e óleo precisa manter o fogo aceso, por isso na parábola das dez virgens que lemos acima em Mateus 25, as virgens tinham dois elementos o óleo e o fogo para poderem entrar em uma nova atmosfera, esta parábola não fala somente em morar no céu de glória, fala também em uma vida de mais intima comunhão com o noivo.

Os prudentes aqueles que são constantes conseguem maior intimidade com Deus do que aquele que é inconstante, o Pai fica muito feliz com a volta dos filhos pródigos, mas ainda reserva sua herança àqueles que permanecem!

O Azeite é a simbologia do Espirito Santo, aqui não havia óleo no povo, porque somente os sacerdotes, reis e profetas tinham o Espirito Santo de Deus.

Êxodo 27. 20 – Azeite continuo no tabernáculo.

Primeiro Azeite – azeite de consagração primeiros frutos.

Para os sacerdotes , Para os Reis, Para os Profetas, a capacidade de separar líderes

Segundo azeite – Alimentação era o Azeite da viúva de 1 reis 17 que ajusou ao Profeta Elias e da viúva de Elizeu.

Terceiro Azeite – Terceiro óleo “retirado da pedra” modo de prensa, que é a mesma simbologia do Getsemani, que inclusive é usado na parábola das dez virgens. Este era usado exclusivamente para combustão.

A Mirra foi um dos presentes de Jesus informando o sofrimento que este passaria. Mas fala de Pedra, a rocha que nos sustenta e que deve ser o pilar de nossa vida.

Cura - Nesses momentos de nossas vidas precisamos entender que também temos um azeite para que seja usado como Cura Thiago 5.14.

Intimidade – O azeite também era usado para produção de perfumes (Ester 2.9)

Assim as 5 virgens acharam favor e Ester, assim a intimidade se cria também através do bom cheiro e o fogo que dá a combustão para o incensário e mais uma vez representando a presença do fogo.