Ande pela visão, cumpra sua missão e não negocie seus valores!
Não,
esta não é uma pregação de coaching!
Introdução:
Desacelerar,
estacionar, atrofiar versus “preparar, apontar, fogo!”
Nas grandes empresas, muitas ferramentas são
utilizadas para medir qualidade, desempenho, as finanças avaliar os objetivos e
sempre estas ferramentas são acionadas para saber se a empresa está cumprindo
com aquilo que foi chamada para cumprir, mas do que ter lucro, mas fazer o
produto com devida qualidade, com as características que as empresas se propões
a fazer.
Essas ferramentas surgem para avaliar se a visão,
missão e valores estão sendo cumpridos, ajudando a empresa a antecipar
problemas e situações, quer seja em números, índices e até mesmo para avaliar o
mercado, percebendo em si própria seus pontos fortes e fracos, aquilo que pode
fazer com que ela perca mercado ou que consiga visualizar oportunidades de
mercado e inovar.
A recomendação bíblica de avaliação é que periodicamente
devemos realizar uma auto análise:
“Examine-se pois o homem a si mesmo(...)” (1 cor.
11.28 A)
Essa avaliação cabe para ver o que, a forma e o porquê
das coisas que estamos fazendo, pois Deus não deseja que sejamos pessoas automáticas,
não deseja que sejamos robôs “gospéis”, deseja que sejamos autênticos,
originais naquilo que nos chamou para fazer!
Para todos nós Deus tem uma chamada, mas para cada um
de nós tem uma unção, por isso a originalidade!
Desenvolvimento:
Desacelerar X Preparar
A vida Cristã não é só flores todos nós passamos por
conflito e por crises, chegamos às vezes a desacreditar daquilo que Deus nos
chamou para sermos, todos nós em algum momento iremos desacelerar, afinal, há
manobras e curvassem nossas vidas que necessitam tirar o pé do acelerador, há
horas em que precisamos ser mais prudentes para não causarmos um dano maior,
mas isso deve ser apenas para futuramente darmos uma retomada.
Não desprezes o dom que há em ti, o qual te foi dado
por profecia, com a imposição das mãos do presbitério. (1 Timóteo 4:14)
Quando Criança, brincávamos de corrida e antes de dar
a largada falávamos: “preparar apontar, fogo!”, simulando na corrida as
competições de tiro, assim, eram três momentos, um de olhar o ponto que desejávamos,
era o preparar o apontar era visualizar a maneira que faríamos era dar maior
clareza ao local em que íamos acelerar mais ou menos, definir as estratégias,
etc. e por fim era sair do local e dar tudo de si para chegar em primeiro,
afinal quem chegar por ultimo era “a mulher do Padre!”
No cenário atual a originalidade é algo que custa muito
caro, mais uma vez observando as empresas e as marcas, vemos, por vezes que,
originalidade está ligado a identidade, no entanto, a grande jogada é quando a
marca além de ter características de originalidade, tem boa qualidade, tendo
dois requisitos básicos que as pessoas costumam falar: valor e preço, ao passo
que algumas somente tem preço e outras somente valor.
Adendo: Essa
dicotomia é uma fala para ilustrar o diferencial e tentar potencializar e
convencer concorrentes ou até mesmo perder concorrentes, assim como o Mc Donalds
produz comida em larga escala, tendo um conceito de fast food, o Madero se
destaca pelo fato de querer fazer o melhor hamburguer do mundo, os dois são originais,
mesmo com conceitos diferentes e tendo por ponto de vista algo em comum o
hamburguer, empresas essas que levam seus lemas muito a sério e que são
sucessos por possuírem uma visão, entendem sua missão e não negociam seus
valores!
Nosso cotidiano reflete o mesmo, nós precisamos
desacelerar para não perder a essência, mas não podemos usar esse
desaceleramento para falsificar uma falsa análise pessoal e sim para avaliarmos
melhor as situações, o descanso para Deus é algo estabelecido, mas o parar não
é visto com bons olhos por Deus.
Jesus respondeu: "Ninguém que põe a mão no arado
e olha para trás é apto para o Reino de Deus". (Lucas 9:62)
Porque no evangelho é revelada a justiça de Deus, uma
justiça que do princípio ao fim é pela fé, como está escrito: "O justo
viverá pela fé". (Romanos 1:17)
Estacionar x Preparar
Paulo compara a vida Cristão como uma carreira e por
vezes com uma corrida, analogicamente podemos entender que em uma corrida,
quanto mais tempo parado, mais posições iremos perder, aqui cabe uma avaliação
mais profunda, pois Jesus nos aconselha a fazer um planejamento, pois qual o
homem que quer edificar uma casa não senta antes para avaliar (Lucas 14.28),
lembro-me de uma frase que diz que para cada hora que eu passo organizando
ganho duas horas na execução.
A verdade é que nos nossos dias, e aqui não quero ser
chato com a coisa da zona da conforto, acho que o ponto é maior que isso, pois
biblicamente não vi Deus licenciando ninguém ministerialmente, os homens
bíblicos ou se desviavam ou morriam pela causa do Reino, é evidente que muitos
tiveram seus momentos de crise e conflito, mesmo assim, Deus iria visita-los
nas cavernas, dizia, minha graça te basta, assava um peixe fazia uma comida e
mandava voltar a apascentar e alimentar as ovelhas.
O momento de preparo difere do estacionar, descansar
não é desistir!
Nós perdemos a capacidade de ser complexos para sermos
complicados, os complexos são difíceis de entender os complicados só querem
dificultar as coisas a troco de nada, por não conseguir admitir.
Se preparar e estacionar são propostas diferentes, a
preparação é como um pit stop na fórmula 1, põe combustível, troca os pneus e
volta para a corrida, Paulo fala para Timóteo que um bom soldado de Cristo não
se envolve nas coisas da vida civil, ele tá disposto para o combate, estacionar
é somente um lugar contemplativo onde não existe ação.
Elias não se recusou a comer o pão do anjo!
Paulo e Silas não pararam suas canções, mesmo na
prisão!
Jeremias não pode deixar o ofício profético!
Pedro não poderia mais voltar a pescar peixes, mas
homens!
Atrofiar x “Fogo!”
Imagina ter qualquer modelo de Ferrari, mas não
conseguir ir a um lugar onde permita aproveitar os cavalos de potência que ela
tem, imagina querer fazer uma viagem com toda a família na Ferrari, nem
bagageiro o suficiente ela tem, por vezes fazemos isso, usamos nossos dons e
talentos e ao invés de multiplica-los como diz a palavra nós o atrofiamos.
Atrofiar é consequência de enfraquecimento e vou falar
de duas formas[1]:
Desuso: O atrofiamento pode ser
causado por desuso, aqui penso na parábola dos talentos (Mateus 25.14 ao 40), e
nem falo necessariamente de enterrar o talento que é o caso mais extremo, mas
de não dar novos níveis de alcance, não buscar melhorias não lapidar nosso
caráter e até mesmo ter coragem para usar aquilo que nos foi depositado e
confiado como diz a palavra do Senhor é necessário entender que a depender da
proposta um “motorhome” será mais benéfico que uma Ferrari, por isso, Deus tem
pontos de vistas originais para nossas chamadas!
Se não estamos dispostos a dividir e usar o que Deus
nos deu, Ele não irá multiplicar e nem derramar sobre nós o que precisa ser
derramado.
A outra
Forma está ligada a doenças, vamos ver alguns:
Envelhecimento
Miopatia associada ao álcool (dor e fraqueza nos
músculos devido ao consumo excessivo de álcool durante longos períodos de
tempo)
Ferimentos e ossos quebrados
Desnutrição
Esclerose lateral amiotrófica (ELA, também conhecida
como doença de Lou Gehrig), que afeta células nervosas que controlam o
movimento muscular voluntário
Neuropatia, danos a um grupo nervo ou nervos,
resultando em perda de sensibilidade ou função
Estas relatam de alguma forma a relação não da
inatividade propriamente dita, mas pela perda da capacidade, da habilitação de
exercer, aqui, o atrofiamento precisa ser submetido ao tratamento, aqui é a hora
em que tentamos levar as coisas celestiais com a força do nosso braço, são
momentos em que estamos feridos espiritualmente e não tratamos, momentos em que
não nos sentimos reconhecidos, são alguns sintomas que podem gerar o
atrofiamento e que geralmente negligenciamos e, ao invés de tratarmos, isso nos
retira por completo daquilo que deveríamos estar fazendo.
A realidade que todas às vezes que maquiamos o
desacelerar e o estacionar, não tendo a postura e humildade para dizer o que é
preciso ser dito e fazer o que precisa ser feito, iremos atrofiar, mas se nesses
momentos de descanso, nesses momentos de recuperar as energias entendermos esse
tempo em Deus, ao invés de atrofiar, nós iremos dar a largada.
Não adianta conhecer e ser um religioso!
Os grandes feitos do passado não significam uma paixão
por Jesus no presente!
Nicodemos era velho e não sabia que era necessário
nascer de novo! (João 3)
João Batista após dar a certeza que Jesus era o
messias, questionou se era ele mesmo quem teria que vir (Mateus 11)
Não importa quão inovadora e modinha seja nossa igreja
e estilo de vida, todos nós temos potenciais para nos tornarmos religiosos e hipócritas
é necessário ter uma dependência maior de Deus, isso nos habilita a estar mais
próximo dos sonhos de Deus.
Conclusão:
Todas as vezes que Lembro de Davi, percebo a clareza
em seu chamado e ministério enquanto Rei, a grande realidade é que o modelo
bíblico da visão da missão e dos valores sempre foram estabelecidos.
Davi, era alguém único, era original, sua unção e seu
coração eram notórios, a bíblia relata suas qualidades, relata sua chamada, sua
missão e seus valores, muito embora, sua vida tenha manchas de pecados, Ele é uma
tipificação de bom pastor (Ezequiel 34. 23), assim, sendo de uma das
tipificações do Cristo.
E suscitarei sobre elas um só pastor, e ele as
apascentará; o meu servo Davi é que as apascentará; ele lhes servirá de pastor.
(Ezequiel 34:23)
As
qualidades de Davi, não era ainda a definição do que Deus achava dele (Atos
13.22), embora tocasse bem, fosse homem de Deus, ainda assim, Deus o chamou de
o Bom Pastor.
Visão:
A visão de Davi era mais que ser Rei.
Depois
que tirou o reinado de Saul, deu-lhes Davi como rei, sobre quem testemunhou:
‘Achei Davi, filho de Jessé, homem segundo o meu coração, ele fará tudo conforme
a minha vontade’.(Atos 13.22)
O
chamado de Davi era claro, mas ele consegue ser mais excelente que um Rei, pois
sua missão era ser um bom pastor, mas sua essência era ser um adorador e este
era seu maior valor.
Missão: Era
ser um pastor que guardasse a Israel. Davi, mais do que ser somente um pastor,
ele carregava em si a capacidade de entregar a sua própria vida pelo povo de
Israelisso ficou claro quando ele ainda não tinha capacidades militares e mesmo
assim enfrentou Golias, indo em nome do Senhor, ele estava sempre disposto a
realizar sua missão, e quando deixou de fazer a missão algumas coisas saíram do
controle o que levou a sua queda.
Estar em missão e fazer missão são momentos
equidistantes, a bíblia não usa a palavra missão ou missionários, porque não
existe no sentido bíblico entre um cristão missionário e um não missionário,
todos somos comissionados à missão, muito embora as capacitações e dons sejam
diferentes a missão ainda é povoar o céu é fazer o nome de Jesus conhecido.
O
grande diferencial da prática missionária está no relacionamento com Deus, a
Visão que Deus nos dá é nosso ponto de partida, e Deus só dá pontos de partidas
e visões aqueles que tem intimidade e secreto, fazer missão sem uma visão, irá
nos fazer recorrer em dores desnecessárias e paralisações, se o que te faz sair
das quatro paredes é algo diferente de amor e justiça, algo está errado.
Os
erros de Davi não fizeram parar sua missão, Ele pede “cria em mim ó Deus um
coração puro” (Salmos 51), em outra oportunidade Ele reconhece seu pecado dizendo
“eu pequei contra o Senhor”, ao realizar os sacrifícios reconhece que o preço
que é devido a terra (2 Samuel 24).
Os
pecados só paralisam nossa missão quando não nos deixamos tratar, quando
queremos fazer as coisas de maneira realizada e ser relaxado não era algo que
cabia em Davi, mesmo diante do pecado, não existe validação de nossos pecados
para Deus, existe perdão e arrependimento.
Valores:
Ser segundo o coração de Deus. Davi amava a presença de Deus, esse era seu
maior valor.
Após
ter realizado todas suas conquistas, ter sido ungido rei na casa de Jessé, Rei
de Judá e depois de todo o Israel, Davi basicamente estava realizado, tinha
cumprido com tudo aquilo que o Senhor designara, mas Davi tinhas seus valores,
que eram inegociáveis, Davi amava a presença de Deus, ele declara que um dia
nos átrios da casa do senhor é melhor que mil em outros lugares (Salmos 84),
relata que tinha encontrados os altares do Senhor.
Após
conquistar tudo, Davi revela seu verdadeiro valor que não consistia em ser um
Rei e pastor, mas de ser um adorador e resolve trazer a arca do Senhor, mesmo
criticado por sua própria esposa, deixa todas as questões protocolares de lado
e decidi dançar no Espirito alegre pelo fato de a arca estar voltando ao lugar
de onde nunca deveria ter saído.
E
Davi saltava com todas as suas forças diante do Senhor; e estava Davi cingido
de um éfode de linho. (2 Samuel 6:14)
Assim podemos
entender que embora possamos cumprir toda uma carreira e ter uma vida cristão
longa nossa essência de adorador não deve ser perdida, as limitações irão
ocorrer, os atrofiamentos, estacionamentos e paralisações, mas se a razão de
pararmos é maior que a de conti
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