O tempos bíblicos e a festa dos tabernáculos
Festa dos tabernáculos.
Disse-lhes mais:
Ide, comei as gorduras, e bebei as doçuras, e enviai porções aos que não têm
nada preparado para si; porque este dia é consagrado ao nosso Senhor; portanto
não vos entristeçais; porque a alegria do Senhor é a vossa força.” (Neemias
8:10)
Deus instituiu algumas
festas ao povo Judeu, sendo a última festa, a festa dos tabernáculos, todas as
festas instituídas possuíam e possuem significados específicos, todas possuem
características que fornecem informações sobre Jesus, inclusive apontam para a
figura do próprio Cristo, a páscoa que é comemorada no Egito, por exemplo
significa a redenção, o livramento da morte e o início de uma caminhada, páscoa
significa passagem.
Culturalmente nós
realizamos festas para aquilo que achamos importante, temos alguns ritos de
passagem que são comemorados, nascimento, virada de ano, etc. As festas são
medidas através de suas consequências e por aquilo que celebra, se o resultado
de uma festa, por mais cultural e nobre que possa ser, revela em si,
destruição, morte, celebração ao pecado, ela perde apreço diante de Deus, então
passaremos a entender que o resultado de uma festa nem sempre é alegria, mas
pelos frutos devemos verificar.
A verdade é que Deus
sempre quis produzir alegria no seu povo, mas sempre primou por equilíbrio,
haviam festas que era pra pedir perdão, para rebuscar a consciência, logo festa
para Deus possui diversas vertentes e maneiras de demonstrar aquilo que quer
realizar.
Jesus começa seu
ministério em uma festa, e isso possui um significado amplo, pois Jesus
desperta em nós não um interesse por festas propriamente dito, mas de sermos
instrumentos para produzir a verdadeira alegria, simbolicamente, Jesus estava
prolongando uma festa que iria acabar, por um fator muito simples: Alegria.
Por isso, muitas coisas
perdem lugar em nossas vidas por querer gerar uma alegria passageira, a verdade
é que buscamos festas e descontrações para termos alegrias, mas a fonte
geradora de alegria para nossas vidas determinará o tempo e alcance da alegria
do Senhor sobre nós, somente uma coisa plena pode produzir plenitude.
Não são as festas, é
Jesus, Pois até as festas judaicas apontam para Jesus.
A palavra Hebraica para
festa é Mo’ed que significa habitação, significa também tempo então quando
estamos nos referindo a festa dos tabernáculos o seu significado também resta o
tempo de habitar.
A palavra MOED também
aparece em todas as outras festas de Israel, importando afirmar que MOED é um
tempo em que Deus fixa para ter acesso ao seu povo.
MOED em uma tradução
literal significa compromissos divinos[1]
Vejamos as festas judaicas e façamos um parâmetro com as
alianças.
** O número 7=8 é a soma do 7 + 1 e significa eternidade, ou
seja, cumpre-se o que está João 14.6 – Jesus é “o caminho, a verdade e a vida”
Existe um tempo de colheita plantio e colheita que nós
estamos vivendo, mas a colheita final será quando a igreja for arrebatada,
tempo de verão e inverno são biblicamente tratados quando Jesus diz:
“Para que vocês
venham a ser filhos de seu Pai que está nos céus. Porque ele faz raiar o seu
sol sobre maus e bons e derrama chuva sobre justos e injustos.” (Mateus 5: 45)
A
chuva cai sobre justos e injustos – A verdade é que Deus
sempre está disposto a nos encontrar, Ele sempre estabelece que irá abençoar
independente de nossas capacidades ou nossos merecimentos, a verdade é que a
benção, o favor de Deus estão em igualdade tantos àqueles que servem ou não,
mas existem dois tempos que serão cruciais para que seja tirada a “prova dos
nove”, esses são tempos de primavera e outono.
O
tempo.
Para entendermos melhor
é preciso ressaltar que a bíblia trabalha com 4 palavras para tempo.
'et
Chronos
mo'ed
Kairós
‘Et
se
refere as épocas, por exemplo, tempo de dores, de amores, da velhice, etc.
Chronos é o tempo
linear, são as horas, dias, ano, etc. o Tempo do Homem.
Kairós é o tempo
oportuno, é o tempo de Deus, aqui é necessário entender como tempo de
qualidade, é um tempo designado devido, é quando as coisas estão maduras para
acontecer.
Mo’ed
Tem
seu radical no verbo Ya’ad que significa estabelecer ou fixar, inclusive é o
primeiro a ser utilizado biblicamente quando fala sobre estabelecer o sinais
dos tempos Genesis 1.14 é um tempo definitivo e previsível.
Portanto nós vivemos o Chronos aguardando o Kairós de Deus, que se iniciará em uma
época ‘et, observando o Mo’ed.[2]
Em Eclesiastes 3 a
bíblia diz que há tempo para todo propósito debaixo do céu, às vezes nós não
entendemos o tempo de Deus o nosso, as promessas, as coisas estabelecidas e
tudo se torna uma confusão tremenda em nossas mentes, a verdade é que
confundimos o tempo de tudo e aquilo que é pra ser saudável se torna um peso
para nós. Este tempo é mais épocas em nossas vidas, mas que podem indicar que
nossa interferência pode assumir um papel desastroso para nossas vidas.
É
necessário lembrar que Deus costuma dizer sim, não e espere!
Sempre estamos
preparados para o sim ou para o não, mas quando escutamos espere é porque Deus
quer tratar algo em nós que é mais urgente que a própria resposta, esse é o
momento em que Ele trabalhará em nós, nos esculpirá, dará forma a nós, fará de
nós seres humanos melhores, nos auxiliará em tudo aquilo que andamos tristes,
na verdade é o trabalhar de Deus em nosso caráter.
E esse é um tempo de
primavera em que começaremos a verificar mudança de Deus em nós, começaremos a
verificar que nosso comportamento está a mudar e as flores que são possíveis
frutos aparecerão em nossas vidas.
Aqui são as etapas da
vida Cristã que precisam ser respeitadas, nascer crescer, amadurecer e depois
receber responsabilidades confiadas do céu.
Primeiro você passa de
um estado para o outro você inicia sua vida com Jesus, depois confirmamos
através do batismo nosso sepultamento e vontade de viver para Deus,
seguidamente amadurecemos nessa nova vida, nesse renovo e concepção e pós somos
investidos de responsabilidade, neste ponto Deus nos dá um direcionamento
claro, especifico, é hora de recebermos nossos destinos em Deus saber de que
modo Deus realizará suas obras em nós e através de nós.
É necessário falar que
o número 4 fala sobre destino, são 4 estações, quatro pontos cardeais, 4
evangelhos, 4 tempos diferentes, etc. Por isso a festa de Pentecostes visto com
a aliança de Deus com Abraão reflete um destino maior que Deus quer nos dá, a
céu, a Canaã.
Devemos
ter cuidado por onde andamos no inverno e no verão.
Mas, neste ponto começa
um momento de decisão em nossas vidas, o momento da renúncia, começa a pesar
sobre o que é realmente importante para nós, é aqui que demonstraremos o quanto
queremos estar entregues a Deus, pois o próximo passo é a separação.
Todos temos que viver
um momento de separação com Deus, todos nós precisamos dar exclusividade a Ele,
este é um momento de consagração, é isso que alegra o Senhor é um dia dedicado
a Ele, Neemias 8.10 fala que no dia consagrado ao Senhor nós não podemos estar
tristes.
Existe muita tristeza
quando estamos em momentos de separação para Jesus, muitos de nós queremos
desistir, e viver em santidade se consagrar passa a ser um peso, então o que
mina as nossas forças, são nossas posturas diante desses momentos, quando
devemos achar alegria em algo, mas se torna motivo de tristeza.
Aqui é um momento de
ser aguerrido, de se comprometer com aquilo que Deus preparou para nós, aqui a
representação está na festa das trombetas, quando o povo é chamado é
despertado, às vezes nós seremos chamados a realizar mais de uma tarefa no
Reino ao mesmo que sejamos guerreiros, devemos ser restauradores.
Curiosidade sobre os
restaurantes – nasceram durante o período de guerra na França com o propósito
de restaurar as forças dos guerreiros.
Neemias
4. 15 ao 22.
Por vezes a separação a
Deus promoverá um cansaço além do usual em nossas vidas, mas nós fazemos isso
em todas as esferas, em nossos projetos, nossas vidas profissionais, de estudo,
etc. A vida começará a se demonstrar com desânimo para nós, o muito trabalho
será negociável, o importante, o verdadeiro começará a aparecer em nossas
vidas.
Assim como a festa das
trombetas tem relação com o arrebatamento, assim dentro de nosso cotidiano até
a vinda de Jesus, ela terá uma significação de separação de homens e mulheres
de Deus, conforme demonstra a aliança feita com Moisés que estabelece um povo
diferenciado daqueles que o cercava, significando assim um tempo de pureza o
outono é o tempo que devemos demonstrar onde é o nosso lugar.
Pois
será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto no
seu tempo; as suas folhas não cairão, e tudo quanto fizer prosperará. (Salmos
1:3)
Onde
nós estamos, separados ou igual a todo mundo? Os separados não murcham, o lugar
de encontro onde se estava lendo a palavra era em frente a porta das águas
próxima ao manancial de Giom ao lado leste de Jerusalém. Neemias 8:3.
Guerreiros
recorrentes – Nós estamos para restaurar aquilo que
Deus nos chamou para restaurar, a princípio Deus chamou Neemias para restaurar
o muro de Jerusalém ou os muros, e a restauração começou em um sentido ante
horário, significando assim que Deus quer restaurar o relacionamento inicial
que Ele tinha com Adão, face a face. Seguidamente ao término do muro as pessoas
voltaram a residir e restaurar suas casas em Jerusalém.
Isso significa dizer
que muitas vezes teremos que abrir mão de direitos que são individuais para
entendermos os direitos coletivos, pois para que o povo pudesse residir em
segurança e não ter novamente seus bens e casas destruídos importava restaurar
o muro.
As vezes Deus quer
fazer assim conosco, está pedindo que reparemos em nossas vidas sentimentos,
mazelas, que se não forem reparadas não dará a oportunidade da permanência de
outras pessoas em nossas vidas, temos que primeiramente ser tratados por Deus
para depois sermos usados por Deus.
Instrumentos
de Justiça – Com isso, nos tornamos instrumentos de Justiça e
o maior símbolo de Justiça é a justificação, é quando conseguimos restaurar a
ordem e não quando punimos, se fosse a punição o maior valor do sacrifício de
Jesus poderia ser ignorado. Neemias restaura assim em um momento a cobrança
abusiva de impostos.
Neemias
5: 1 ao 12.
Temos que ser
recorrentes a Deus, Ele nos prometeu perdão, todas as vezes que estamos
sofrendo injustiças, devemos recorrer a Ele, pois aquele que tem sede de
Justiça será farto (Mateus 5.7) é necessário portanto recorrer ao sangue de
Jesus, pedir perdão, nós a geração da segunda chance, da segunda tentativa, o
perdão de Deus será acessível a nós enquanto tivermos vida.
Aqui fala da segunda
vinda de Jesus e também fala da nova aliança, que significa a capacidade de
restauração daquilo como era no início, muitas pessoas estão sem seu primeiro
amor, precisando de um novo folego de vida, que estão precisando novamente ser
tocadas por Deus, que estão precisando que seus corações sejam novamente
movidos, que estão precisando sentir de novo a certeza de quem é Jesus.
Tente de novo, faça de
novo, busque a glória da segunda casa, busque a dupla honra sobre sua vida.
O julgamento de Jesus
não carrega somente condenação, mas, a capacidade de segunda chance.
A festa dos
tabernáculos. Sucôt.
Nosso maior destino é o
céu, Jesus sabia que apesar de toda nossa missão aqui na terra, o seu alvo era
nos levar para mais perto dEle:
E, quando Eu me for e
vos tiver preparado um lugar, virei de novo e vos levarei para mim, a fim de
que, onde Eu estiver, estejais vós também. João 14: 3
Ninguém tem maior amor
do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos. João 15:13
Essa festa representa a
peregrinação, representa que estamos a caminho da Nova Jerusalém, e também a
caminho do templo, o povo de Israel até hoje deixa sua casa para habitar em
tendas e fazem suas atividades diárias lá, principalmente as refeições.
Assim, culturalmente,
todos os homens deveriam habitar em simplicidade, independentemente de sua
condição financeira, e, ainda mais, compartilhar com aqueles que não tinham
condições, refletindo assim uma ordem histórica, moral, espiritual e moral.
A festa tinha dois
aspectos: Um de consagração com adoração, ações de graça e louvor, o segundo
era tocado uma trombeta indicando a passagem dos sacerdotes o povo que ia
assistir enchiam vasilhas de água e iam da fonte de Siloé até o templo e
derramavam a água sobre o altar, tudo isso, com cânticos do Salmos 118 dizendo
“Hoshana Rabbah”, que significa “a grande salvação”
Assim aconteceu em João
2 quando faltou o vinho e Jesus pediu que enchessem de água, assim também Jesus
em João 7.31 em uma festa predisse que aqueles que tivessem sede fossem a Ele
para que as águas jorrassem do seu interior
A entrada de Jesus em
Jerusalém – Ramos de oliveira. Lucas 19.38
Jesus deixa o seu trono
para habitar em nós - É feito na terra assim como é feito no céu – João 1 14 –
Jesus fez uma festa de tabernáculos, Ele habitou temporariamente conosco para
habitar em nós, isso reflete que Ele fez com que fossemos seus templos por onde
formos. 1 cor. 3:16
Pedro entende esse
princípio e busca fazer um lugar de habitação (Mateus 17 1 a 4), Pedro mesmo
quem fala que havia deixado tudo, após o jovem rico se despedir, e também diz,
que Jesus possuía as palavras de vida, desconsiderando seus caminhos,
entendendo, que a união perfeita entre céu e terra era ser habitado e fazer de
Jesus sua habitação.
[1] Ressalva-se que essa palavra
significa tempo estabelecido, mas a tradução fornecida é de muita valia,
disponível em : https://www.youtube.com/watch?v=ycoXcVmiYdQ. Acesso em : 27 de maio de 18.
[2]
Wilma Rejane Disponível em: http://www.atendanarocha.com/2012/06/quatro-significados-para-tempo.html.
Acesso em 27 de maio de 2018.
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