A geração eis-me aqui
A
geração eis-me aqui.
Isaias
6. | 2 Timóteo 2. 1 a 5 | Deuteronômio 20. 5 ao 9 | Lucas 14. 15 ao 24.
Constantemente
estamos falando sobre gerações, estamos relembrando trazendo a memória uma
geração que carrega determinada característica, sempre recorremos as
referências geracionais para mensurar e medir se estamos melhorados, se
conseguimos manter o legado , se não corrompemos a essência da mensagem, se não
nos descaracterizamos ao longo do percurso, as gerações sempre vão servir para
algum parâmetro, quer seja para ser superada ou para ser alcançada, mas as
gerações sempre vão marcar um contexto, uma circunstância, às vezes não
acontecerá a nível mundial, mas a um nível local, ainda assim, será medida e
mensurada.
Uma
coisa sempre será uma verdade, a geração a qual se pertence sempre será melhor
que qualquer outra, pois a pessoa que viveu em tal geração sempre lembrará de
como era, e sempre nos depararemos com frases do tipo “isso tudo aqui era mato”
(brincadeira), mas, frases do tipo, “na minha época era diferente,
respeitávamos”, “na minha época as pessoas eram mais unidas”, “não éramos tão
violentos” e assim seguiremos uma série de pensamentos e histórias contadas.
Mas,
existem gerações que são atemporais, que carregam características que não se
predem a um contexto ou uma época, gerações que carregam adjetivos que
sobressaltam a questão histórica e estabelecem um nível de justiça diferente,
carregadas de adjetivos como: lutadora, guerreira, que lutou por um país
melhor, que morreram pelo que acreditavam, etc. e isso se dá em todo contexto
histórico-social, haverá uma parte populacional que se dedica a marcarem sua
sociedade através de lutas democráticas, por direitos, etc., no Cristianismo
não é diferente, sempre haverá os remanescentes, os avivalistas, os profetas,
os que não se corromperam, a característica mais visível dessa geração é
disponibilidade, portanto é necessário falar da geração dos disponíveis, que
chamaremos de “geração eis-me aqui”.
Nossa
geração atual é a “geração do depois eu faço”, do “preciso de um tempo pra
fazer”, do “não estou preparado”, no contexto bíblico é difícil ou quase inexistente um homem recusar seu
chamado por dizer que não estava preparado, alguns, se sentindo pequenos diante
daquilo que Deus os propôs, outros,
olhando para dentro de si e dizendo: “senhor, eu sou defeituoso” para ser usado
por alguém tão perfeito, mas não alguém que não quisesse participar do Reino,
não alguém que não daria sua vida por amor ao Reino.
Nossa
geração são marcadas por nós pessoas que:
1 - Tem capacidade, mas faz
depois. Aqui não existe mais humildade de se enxergar deficiente,
mas prioridade às outras coisas, aqui o sentimento é eu sei fazer isso, eu
seria a pessoa ideal para fazer isso, mas depois eu faço, agora não dá. São pessoas
que detém a habilidade, mas descansam por serem úteis, mas não são importantes,
são uteis por aquilo que sabem, não por carregarem a glória, são autossuficientes
independem da vontade ou da direção de Deus.
2 – Indiferença.
Conhece o coração de Deus, sabe a urgência de Deus, mas está insensível, está
indiferente a vontade de Deus, usa sempre a frase “um dia eu sei que meu tempo
será todo para Jesus” ou “eu sei que um dia vou viver os sonhos de Deus pra
minha vida”, mas não caminham em direção a isso, não estou falando a pessoas
que de alguma maneira estão comprometidas temporariamente com algo, mas de
pessoas que já não dormem com o desejo de que amanhã seja o dia em que verão
Deus se manifestar conforme prometido.
3 – Que olham outro ser
levantado e o persegue. A geração depois eu faço é igual a Saul,
que quando olha uma geração adoradora se levantando passa a prossegui-la a
criticá-la, que não está disposta a melhorar que não manifesta mais a glória de
Deus quer sufocar, matar esta nova geração.
Saul,
sabia exatamente o que tinha que fazer diante de Golias, era o homem mais alto
e forte, tinha o treinamento dos Benjamitas, pois pertencia a esta tribo, mas
lhe faltava o mais importante a glória de Deus. Já vi músicos espetaculares que
não manifestavam um pingo da glória de Deus e terríveis músicos que eram
excelentes adoradores.
“Foram
as coisas boas que me afastaram, foram as coisas boas que me afogaram, mas o
melhor é o teu fogo... Incendeia, quero voltar a queimar” (Incendeia – Judson
de Oliveira)
Dieta do pão e vinho, pois
querem ter parte com Jesus.
A
geração eis-me aqui, sabe a iminência constante da volta de Cristo, por isso em
sua vida diária fazem a dieta do pão e vinho, o pão é dado ao povo, mesmo que
no deserto, significa o chamado de Deus ao alimento cotidiano, já na nova
aliança Jesus além de providenciar o pão Ele põe o vinho, o que significa
alegria pela presença, alegria pelo alimento, ambos envolvem um processo de
moedura para estarem prontos, por isso, Deus sempre será claro sobre o processo
de moedura que envolve uma vida com Ele. A geração eis-me aqui entende isso.
“Quem
come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele.” (João 6.56)
As
tribos do pacífico tomam ceia com água de coco. O importante é o propósito pelo
qual se faz, como não há dinheiro para se trazer vinho, eles lembram de Jesus e
ceiam com água de coco.
Menos resistente e mais
sensível – Existe uma capacidade de associação muito rápida daquilo
que realmente precisamos, a resposta espontânea surge se perguntarmos: qual sua
necessidade?
Paralelo
a isso, Deus tem suas urgências, e se perguntarmos as urgências de Deus ela
será diferente das nossas necessidades, estas últimas podem flutuar por todos
os níveis sociais, não somente as necessidades básicas (alimento, vestuário e
moradia), e nesse ponto é que existe um conflito, podemos dessa forma apresentar
resistência a Deus, ao invés de sermos pessoas rendidas ao Senhor seremos
pessoas resistentes, a “geração eis-me aqui” tem uma sensibilidade à voz de
Deus, entende sua urgência, e embora seu problema seja sua própria limitação
irá responder: “eis-me aqui”.
Deus
estava perguntando, quem há de ir por nós? Isaias não demonstra resistência,
ele estava rendido, estava sensível e respondeu: eis-me aqui.
Quando o que é minha
prioridade dá lugar a prioridade dEle.
Isaias
55.2, começa com um questionamento profundo: por que gastais dinheiro naquilo
que não é pão? Mas começa com um convite sincero a comprar de graça vinho e
leite. Prioridade é o momento em que há mais amor envolvido em um
relacionamento. Por isso, envolve-se aqui a questão das primícias, são
diretamente envolvidas com cuidado, zelo e essencialmente: amor.
Me
perguntaram uma vez, quando você sabe que ama Jesus? Eu respondi não é quando
você dá coisas a Ele, mas quando você renúncia coisas por Ele, quando você abre
mão de suas prioridades e passa priorizar as coisas dEle.
A geração eis-me aqui olha
para os seus.
A
geração eis-me aqui, não olhará só para si, olhará para o seus semelhantes, irá
compartilhar a palavra, e permanecerá nisso. Isaias perguntou: Até quando
Senhor?
Deus
conclui sua resposta dizendo que a semente, o princípio, jamais será esquecido,
mesmo que fique apenas o toco.(Jó 14.7)
A
geração dos disponíveis é bem representada no livro o discipulo radical do John
Stott, ela é avessa ao pensamento contemporâneo do que trata o evangelho tem raízes
radicais.
Jesus
manda o jovem rico vender o que restava para ele ser pleno em Deus, ele tinha
qualidades o suficiente, tinha boa fama, era um homem de bem, mas ainda não era
intimo de Deus, por vezes, estamos assim, temos todas as qualidades contemporâneas
de um bom Cristão, mas não refletimos Cristo, não somos parecidos com Ele, em
atitudes, em amor, em ser incansável, em se deixar gastar pelas pessoas. Nossa
geração gosta de entretenimento, acha que amor desmedido é doentio, falta de equilíbrio,
que amar Jesus em um nível diferente deve ser repensado por causa da vida econômica,
etc.
Já
não se incentiva os missionários, Pedro, após a despedida do Jovem rico diz: “Senhor,
nós deixamos tudo por sua causa” (adaptado), Jesus não repreendeu Pedro, pois
sabia que Pedro estava correto, e sua reafirmação acontece em João 6, quando
fala que não tem para onde ir, pois as palavras de Jesus traziam vida eterna a
ele.
Entende que vai ser:
- Cansativo
- Doloroso
- Difícil
- Não terá aplauso
- Mesmo assim Declara: Eis-me aqui
2
coríntios 4. 8 ao 15.
É também a geração do eu
tentarei de novo. – Pedro
Recorrência
é uma característica de todo e qualquer Cristão, ganhar almas, fazer ações pro Reino,
nunca será suficiente para alguém que ama Jesus, Pedro na primeira que encontra
Jesus já diz isso, que porque Jesus estava mandando ele voltaria a pescar.
Lucas 5 1 a 11
E quando reencontra Jesus em
um momento mais longo, de perdão, ele também tenta de novo, pesca de novo,
reativa seu amor de novo.
João 21. 1 ao 22. (6)
É importante ter a capacidade da geração dos remanescentes,
orar quando todos pararem de orar, jejuar quando todos pararem de jejuar,
adorar quando todas as canções pararem, não há condições que devam regulamentar
nossa adoração ou vida de adoração, nós devemos ser atemporais, ou seja, em
tempo e fora de tempo, por isso, completamente disponíveis.
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